Restaurante com 67 anos de história pede recuperação judicial em Novo Hamburgo

Restaurante com 67 anos de história pede recuperação judicial em Novo Hamburgo

Um ícone da gastronomia do Vale do Sinos passa por um momento de instabilidade.

O tradicional restaurante familiar Bifão, de Novo Hamburgo, protocolou nesta segunda-feira (20) pedido de recuperação judicial na vara especializada no município.

 

Fundado em 1953, o local ficou conhecido por servir carne de alta qualidade em proporções incomuns, o que lhe rendeu o famoso nome.

 

Desde 2019, a administração do negócio retornou às herdeiras do fundador - Manoel Corrêa da Silva - que deram início a um processo de reestruturação para garantir a continuidade da atividade. Elas ingressaram na sociedade em 2005.

 

Com o surgimento da pandemia e o fechamento do comércio em virtude do sistema de bandeiras do governo estadual, o restaurante precisou recorrer à recuperação judicial para ganhar fôlego. Ao todo, o passivo chega a R$ 6 milhões — sendo R$ 4,5 milhões em tributos.

 

“Estamos confiantes e comprometidos em buscar soluções para manter vivo este que tem sido, por gerações, um símbolo de prazerosas refeições em família” disse Janice Correa da Silva, filha do fundador.

 

“Em condições normais, o restaurante chegou a atender sete mil pessoas mensalmente, mas hoje está restrito à telentrega, o que infelizmente forçou a empresa a demitir oito de seus 19 colaboradores”, informa Robson Lima, consultor que faz parte da equipe de reestruturação.

 

O restaurante está atendendo normalmente com telentrega para almoço e jantar. Também são planejadas ações comerciais para compensar a impossibilidade momentânea de abrir o salão para o público.

 

FUNDADOR

O comerciante Manoel Corrêa da Silva nasceu em 1915, em Porto Alegre, e morreu em agosto de 2005, aos 90 anos.

Passou a residir em Novo Hamburgo em 1944, trabalhando no Restaurante Comercial por nove anos.
Em 20 de novembro de 1953 fundou o Restaurante e Bar São Jacó, que deu origem ao Restaurante "O Bifão". Está no mesmo endereço desde sua fundação: na rua São Jacó, no Centro.

Ao lado da esposa, Jures Corrêa da Silva, e do irmão, Adão Corrêa da Silva, já falecido, Manoel é lembrado como o fundador do Bifão e empresta seu nome a uma rua no Loteamento Residencial São Lourenço, no bairro Boa Saúde.

 

Fonte: Portal Martin Behrend

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